"Em plena década de 80, um sujeito que trabalhava 25 horas por dia. O seu nome era José. Trabalhava de escritor.
Ele tinha uma cadela, chamada Pantera, e os 2 viviam em um apartamento, recém inaugurado, em Manaus.
José havia ganhado a cadela, de seu chefe (ou supervisor). Não gostou muito do presente, e muitas vezes, a maltratava.
Certo dia, José percebeu que Pantera, estava doente. Nem deu bola, ignorou. Estava muito ocupado trabalhando.
E a coisa foi piorando a cada dia. Certo dia, José parou de alimentar a Pantera. Se esqueceu dela.
José já não gostava mais da Pantera. Já queria se livrar dela, pois estava lhe atrapalhando.
Num domingo, daqueles com uma brisa gelada, José pegou a Pantera, e botou dentro de seu fusca '82, e foi até a cidade mais próxima.
Lá largou Pantera, sem dó, só pensando em seu trabalho. José voltou rapidamente, e começou a trabalhar com sua maquina de escrever.
Pantera estava doente e com fome. Um senhor ajudou a pobre cadela, e deu comida a ela. Pantera ainda não estava boa. Mas a fome havia passado.
Pantera sabia o caminho de casa, incrivelmente. Foram 2 dias de uma longa caminhada. Pantera foi ajudada por vários. Na época, solidariedade era tudo.
Na terça-feira, o porteiro viu a cadela na frente do prédio. E levou a Pantera até a porta do dono, achando que a cadela havia se perdido.
José abriu a porta, e teve uma surpresa. Nunca havia pensado que Pantera fosse voltar.
José a deixou entrar, mas havia outros planos. Ele queria larga-lá o longe o suficiente para ela nunca mais voltar.
Na quinta-feira, ele falou para seu supervisor que estava doente, que não podia trabalhar. Seu chefe, claro, aceitou.
José partiu e andou aproximadamente 400 km de Manaus. José a largou, e queria voltar o mais depressa possível. Já sabia que estava perdendo tempo.
Mas, a pressa era tanta, que José foi fazer uma ultrapassagem, numa curva, e deu de frente com um caminhão. Estava ainda vivo. Mas morreu no hospital.
Já a Pantera, tentou voltar para sua casa, mas se perdeu. Mas, foi parar numa casa onde conheceu uma senhora que tinha outros 2 cachorros.
A senhora, de aparentemente, 70 anos, viu que a cadela estava mal tratada, com fome e frio. Recolheu a Pantera, e lhe deu o nome de Dinha, de perdi"Dinha".
Pantera ficou tão feliz, que até esqueceu o antigo dono, que lhe maltratou. Lá com a senhora, tinha comida, carinho, e companhia.
Pois é, o mundo dá voltas. Um dia o mal que você causou, será retribuído ao dobro. Faça o bem, e será retribuído ao dobro também."
OBS: Esse texto é 100% original, da minha caixola.