A Rua Esburacada (Suspense)
Certa noite, aqui na minha rua, o prefeito resolveu fazer um saneamento básico. Resolveu colocar as máquinas para trabalharem e cavarem os buracos para fazer a rede de esgoto. Eram 19 horas. O chefe dos operários os chamou para terminar o expediente do dia. À meia noite, chegou na rua um sujeito escafungado, trazendo consigo um carro-de-mão. Todos estavam dormindo, mas o cachoro da vizinha começou a latir, acordei de repente. Tentei voltar a dormir, pois achei que o cachorro estaria latindo por causa de um gato de rua; mas ouvi um barulho a mais, um som de pá cavando... olhei pelo vasculante da janela da porta, e vi um sujeito esquisito, esterrando a área mais completa da obra. Ignorei-o, pois achei que poderia ser mais um operário.
No dia seguinte, quando acordei, vi o chefe da obra todo bravo com os operários pelo enterro da pequena área do começo da obra. Ele resolveu punir a todos, já que o culpado não queria se revelar. Fui lá fora para falar com eles sobre o que eu havia visto na noite passada; mas não me deixaram chegar perto, e eu não seria louco de gritar e acabar alertando a rua toda. Os caras da obra resolveram deixar aquilo como estava, pois já estava na hora de enterrar mesmo aquela parte. Ainda assim, o chefe da obra e eu não gostamos muito daquilo.
Depois de eu tomar café da manhã, mamãe me mandou ir comprar pães na padaria, tive que pular pelos buracos, infelizmente. Eles tinham mais de 2 metros de profundidade, se eu caísse, não iria conseguir sair de jeito nenhum. Mas consegui passar, fui comprar os pães, e quando voltei, me deparei com aquele mesmo sujeito escafungado. Mas ele estava vestido como um operário da obra e enterrando novamente uma outra parte da rua, enquanto isso os lerdos dos operários estavam tomando café e contando piadas. Ninguém suspeitou de nada, exceto eu.
No fim do dia, todos os caras que trabalham na obra foram embora. E, novamente, quando saí para a calçada, vi a mesma figura, esnterrando novamente outra parte da obra. Percebi que não era um trabalhador do local como os outros, por isso, esperei que ele fosse embora. Quando ele foi, saí de casa com muita cautela, e comecei a cavar os locais que ele havia enterrado. Achei 3 cadáveres nas três áreas que ele havia enterrado. Com o choque que tomei, corri para dentro de casa, não contei nada a ninguém. Fui logo tomar banho e depois fui dormir. No dia seguinte, pedi para mamãe ligar para a polícia, ela perguntou por quê. Expliquei tudo a ela; mas não acreditou em mim. Tive que ir à delegacia por conta própria... chegando lá, contei toda a trama ao policial, que me parecia familiar. Quando vi, de dentro da gaveta ele sacou uma faca, saí correndo.
Chegando em casa, encontrei os três cadáveres, um na minha cama, outro no vaso sanitário do banheiro e outro "dentro da geladeira"; não encontrei mamãe, mas vi um bilhete na geladeira, ele dizia: "Meu filho, fui fazer compras no mercado, acabou de me chegar um 'cumpo premiado' pelo correio, foi demorar, fique bem.". Percebi a sabotagem que estava acontecendo. Quando saí na rua, vi que na esquina estavam chegando os operários da obra para o novo espediente, não perdi tempo, corri até eles. Implorei para que me ouvissem falar; me disseram para ser breve. Chamei-os para ver o que havia lá dentro de casa. Eles viram os cadáveres; não perderam tempo, chamaram imediatamente a polícia, mas ninguém atendia; tentaram mais vezes, até que o sinal foi cortado. Alguns ficaram esperando o sinal voltar, outros queriam ir à delegacia, mas alertei-os. Já outros, tentaram reconhecer quem eram os cadáveres mortos; somente um deles conseguiu reconhecer. Um era um dono de uma fazenda que ficava a 26 km ao sul; outro, era dono de um armazém de suprimentos para supermercados, e o outro, era vendedor de jornais.
Chegou de repente um dos operários da obra trazendo consigo um detetive. O detetive nos fez algumas perguntas, principalmente a mim. E contei a ele, que os cadáveres não foram enterrados numa única noite, mas sim um em cada, durante 3 noites. O detetive analizou bem o caso e começou a contar os resoltados; neste momento começou a chover. Ele falou que o assassino pretendia lucrar em vender as terrar da fazenda de um dos mortos, mas o único que se interessou em comprá-las, foi um dono de armazém, que, na hora do pagamento, tentou pechinchar o assassino para ver se conseguia descontos, não perdeu tempo e sacou logo uma arma. Um jornaleiro que passava no local viu aquilo, e saiu voando na bicicleta. Á noite, na casa do jornaleiro, o assassino o matou.
O detetive sacou uma pistola e um cacetete, daí foi correndo para a delegacia. Chegando lá, viu mais uns cadáveres no chão, eram os operários da rua que tentaram contatar algum policial. O detetive saiu dali, subiu na moto, e foi para a delegacia do bairro à leste dali. Chegando lá chamou os policiais. Quando os policiais chegaram aqui na "cena do crime", decidiram ir direto para a delegacia onde se encontrava o sujeito. Trouxeram-no aqui. Pediram para eu dizer se aquele era o assassino, eu vi e não era. Pediram então para eu descrever como era o criminoso, e descrevi. No final, o desenhista me peguntou se era aquele o homem, eu disse que sim, que era o assassino. Eles reconheciam bem a figura e foram procurá-lo em sua residência, quando o acharam em sua casa, ele estava pronto para matar mais uma vítima, mas como os policiais chegaram, ele a usou como refém.
A refém era minha mãe. Os policiais se desarmaram para evitar outra tragédia. Quando cheguei lá, reconheci bem a casa, pois foi dali que eu havia me mudado à 5 anos atrás, resolvi entrar por outro lugar, peguei um pedaço de madeira, cheguei por trás de fininho e bati na cabeça do assassino com muita força; ele desmaiou; minha mãe correu pra fora. Quando os policiais o colocaram na viatura e ccomeçaram a dirigir em direção à delegacia, ele acordou, mas não fez barulho, viu que a porta estava solta, portanto, usou-a para se livrar das algemas. Pegou um líquido especial, derramou sobre um paninho, e nocauteou um dos policiais. O outro, ele pegou a arma do policial nocauteado e o forçou a parar. Já eram 19:00 horas novamente. Quando ele saiu, correu em direção do parque de reflorestamento, lá, ele fugiu, e até hoje não foi encontrado.
Os corpos foram levados ao cemitério, os policiais atacados foram socorridos, e ganhei uma recompensa de R$500,00 por delatar o criminoso. Ninguém sabe o que aconteceu com ele, pode ser que tenha mudade de identidade... feito sirurgia plástica... pode ser até que continue bem perto de nós. Afinal, o que aconteceu de verdade?
Espero que gostem.
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