Na física clássica newtoniana e também a relatividade de Einstein podemos calcular a trajetória de qualquer corpo.
Bem, você é um corpo, logo, suas ações podem ser calculadas, mas e a sua mente?
Ora, sua mente é regida pelo seu cérebro que é feito de milhares de células e átomos que são corpos, logo podem ser calculadas, certo?
As físicas que eu citei tratam de corpos grandes. Os corpos pequenos, chamados sub atômicos (como elétrons, fótons, ou seja, todas as partículas chamadas de partículas duais) que são ondas e partículas ao mesmo tempo, são regidas pela física quântica e essa se difere muito da relatividade, pois funciona com probabilidades:
O princípio da incerteza de Heisenberg diz que é impossível você saber a posição e o momento (pra onde ela está indo) de uma partícula, ou seja, o que podemos saber da partícula é a posição ou o momento...
...E apenas um.
Considere que escolhemos calcular a posição, a partir daqui você pode apenas calcular a probabilidade de todas os possíveis momentos que a partícula possui e existe uma fórmula pra isso (e isso é totalmente aleatório)!
Ou seja, se o universo não é determinístico, isto é, se existe algo incalculável com 100% de precisão pela física, então o livre arbítrio mora ai, certo?
ERRADO!
Infelizmente como o universo trabalha com um número randômico absoluto você é INCAPAZ DE CONTROLAR isso também, ou seja, você não controla as suas ações. Quem controla é o conjunto extremamente complexo de reações químicas feitas pelo seu cérebro, que são nada mais que trânsito de partículas duais que são CALCULÁVEIS, só que não com 100% de precisão.
Isso significa que o livre arbítrio é a ilusão mais bem feita desse universo, pois ele nos criou, ele nos controla. Nós não estudamos ele, ele se estuda.
"Ahh, mas não tem como provar essa probabilidade..."
Será? Fizeram um estudo tentando comprovar que o Livre Arbítrio realmente não existe, que se baseia no seguinte:
- O voluntário precisa tomar uma decisão bem simples: escolher uma letra. Enquanto ele faz isso, seu cérebro é monitorado pelos cientistas
- O voluntário então olha para uma seqüência de letras, que vai passando em ordem aleatória numa tela e muda a cada meio segundo.
- Na mesa em frente a ele, existem dois botões: um do lado esquerdo e outro do lado direito. O voluntário deve escolher uma letra e, quando ela passar na tela, apertar um desses dois botões.
Pronto. A experiência terminou.
O voluntário diz aos pesquisadores qual foi a letra que escolheu e em que momento tomou a decisão...
...Mas o cérebro já resolveu!
E bem antes de a pessoa apertar o botão!!
Ele toma as decisões sozinho, cerca de 10 segundos antes:
Os córtices medial e frontopolar, que controlam a tomada de decisões, já estão acesos – isso indica que o cérebro está escolhendo a letra.
E então, 5 segundos antes:
Os córtices motores, que controlam os movimentos do corpo, estão ativos. Olhando a atividade deles, é possível prever se a pessoa vai apertar o botão direito ou o esquerdo.
Conclusão do estudo?
Além de provar que o livre-arbítrio não existe, a neurociência acaba de fazer outro enorme avanço: pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, construíram um computador capaz de ler pensamentos.
Ou quase isso. Cada voluntário recebeu uma lista de palavras sobre as quais deveria pensar. Enquanto ele fazia isso, um computador analisava sua atividade cerebral (por meio de um aparelho de ressonância magnética). O software aprendeu a associar os termos aos padrões de atividade cerebral – e, depois de algum tempo, conseguia adivinhar em quais palavras as pessoas estavam pensando. O sistema ainda tem uma grande limitação – ele só consegue ler a mente de uma pessoa se ela estiver totalmente concentrada. O que nem sempre é fácil. “Às vezes, no meio da experiência, o estômago de um voluntário roncava, ele pensava ‘estou com fome’”, e isso embaralhava o computador, conta o cientista americano Tom Mitchell, responsável pelo estudo.
E vocês, o que acharam disso? Concordam com a afirmação de que não existe um livre arbítrio?
Acham que as nossas escolhas são feitas na hora ou já foram decididas há muito tempo?
E se sim, por quem/o que?
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