[DEBATE POLÊMICO] Esquerda X Direita

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Eu vi um pedacinho do debate a alguns dias atrás,vi umas páginas divulgando.Depois vou vê-lo com mais calma.
Esse livro do Evandro Sinotti aparenta ser interessante,irei compra-lo depois.
 
Cara, consegui assistir até os ~26mins de vídeo - próximo do fim do primeiro tema. Tanto o amadorismo da produção (tem horas que o áudio é totalmente incompreensível) quanto dos debatentes (o tal do Sinotti simplesmente quer se impor na base da força - como grande parte dos extremistas, diga-se de passagem; enquanto o Cipriano sequer consegue ter desenvoltura - e isso não só nos momentos de confrontamento direto por parte do Sinotti) simplesmente deixa inviável continuar assistindo.

Mas enfim... Aqui vão os apontamentos que consegui fazer enquanto isso:

0º- Antes de mais nada, há de se definir: sistema econômico e sistema político são coisas diferenciadas. O capitalismo é estritamente, e por si só, um sistema econômico. Já o socialismo (e o comunismo) são sistemas políticos E TAMBÉM econômicos. É possível se ter um sistema político socialista em maior ou menor grau (onde o Estado intervém em assuntos além do mercado, mesmo que afetando este) sem que o capitalismo seja extinto.

1º- Uso de dados sólidos, mas descontextualizados. A citada "diminuição" de população saída da faixa de extrema pobreza não considera a popularização de políticas socialistas nos mais diversos governos. Ainda: não coloca em perspectiva a depreciação de bens e da própria economia - isso fica evidente ao se citar a quantidade de veículos por habitante, os quais se tornaram mais acessíveis entre as épocas citadas pela simples evolução do sistema produtivo (que reduz custos e se torna mais acessível, enquanto surgem outros bens mais cobiçados e difíceis de se produzir, como eletrônicos). Ainda nessa linha, não se considera a cadeia de descarte, onde o mais antigo e deteriorado passa para outras mãos por um valor menor que o original de compra.

2º- Bancos. Esse é um ponto hiperdelicado, pois são entidades puramente especulativas que nada produzem de fato mas são necessárias ao capitalismo por fazerem o dinheiro girar. Geralmente socialistas e comunistas pedem pela extinção dos mesmos, enquanto "direitistas" (vou diferenciar "direitistas" de "capitalistas" pois, em frente as conclusões modernas, realmente é burrice tentar acabar com o capitalismo em si - e portanto não há mais razão para "direitistas" se colocarem como "defensores do capitalismo") querem total liberdade. O grande ponto aí é que: se um banco não é fortemente fiscalizado, ele cometerá abusos com a população em geral (por o indivíduo isolado significar praticamente nada em suas atividades) enquanto beneficiará as grandes fortunas (daonde tira boa parte de seus próprios lucros ao se dispor a administrar). NESSE ponto é, sim, necessário um Estado altamente intervencionista para que essa prática seja coibida e, consequentemente, não se concretize a máxima de "os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres".

3º- "Beneficiamento de metacapitalistas por parte do Governo". Esse é um grande revés do modelo POLÍTICO "democrático" (não é nem socialista), que acontece principalmente quando temos casos de corrupção e prática de lobby. Quando o próprio Governo se subverte e distorce suas reais premissas - de incentivar empresas e "metaempresas" (Bancos, oi?) para fazer com que o dinheiro circule mais facilmente de forma a distribuir renda E produção por meio de fluxo de capital - sob a influência daquelas que ele próprio deveria fiscalizar e regulamentar, acontece o que foi dito: das tais empresas acumularem o capital sem méritos ou produção. Infelizmente isso é algo que independe de ideologia em si - o fator determinante, no caso, seria o apego a valores "morais e éticos". E como a ganância é um dos maiores males humanos, é nisso que dá!

4º- Desburocratização - isso é um ponto inegável! Quanto mais desburocratizados - e OTIMIZADOS - os processos em geral, mais eficientes eles se tornam, reduzindo custos e aumentando lucros. Só que isso pouco (ou nada) tem a ver com a afirmação de "ricos mais ricos, pobres mais pobres" em si.

5º- "Desideologização" da Educação. Sério! Isso já é um pé no saco! Essa forma de pintar que sempre haverá um "esquerdista subversivo equipado com máquinas de lavagem cerebral sob cada carteira de escola" já deu o que tinha que dar! Reconheço que o exemplo educacional citado de Cingapura seja válido - onde os alunos são apresentados ao empreendedorismo desde cedo, mas a forma como foi apresentado é como se eles "devessem se tornar máquinas impensantes de fazer dinheiro"! Na verdade, não se deve fazer nem uma coisa nem outra isoladamente - mas sim AMBAS ao mesmo tempo, de forma a desenvolver a capacidade criativa e lógica de modo a ser hábil EM AMBOS os assuntos! Outra coisa a se considerar é o tamanho em si de Cingapura - um país menor até que o estado do Rio de Janeiro. Um lugar desses é inegavelmente mais fácil de se administrar e gerenciar que um "mero estado" como Minas Gerais, por exemplo - que tem o tamanho equivalente a quase um terço de toda a Europa!

6º- Corte de gastos. Realmente é necessário um corte máximo de gastos, de forma a otimizar o custo nas ações do Estado. Minimizar (exemplo citado) o valor do fechamento ou abertura de ministérios é um passo errado que tende a levar à práticas corruptas. Por mais que o Estado seja uma espécie de entidade mediadora do capitalismo agindo em benefício da sociedade, ele próprio tem que ter uma "mente captalista" para se tornar o mais eficiente possível. Do contrário a máxima de "ricos mais ricos, pobres mais pobres" será causada pelo PRÓPRIO Estado como personagem principal.
Obs.: Agora sei de onde você, [member=zInkubi], tirou o argumento de que "o Bill Gates não tirou nada de ninguém!" Se você conhecesse um centésimo da história da informática não teria caído nessa... ¬¬

7º- "O empresário se abstêm de consumir tudo o que ganha para acumular mais capital. E o capital acumulado desta forma é gasto com mais ferramentas, mais recursos para produção" - sabemos que isso é uma inverdade. Apesar deste capital acumulado não ser, de fato, um capital "roubado da sociedade", o empresário acumula SIM capital com o simples intuito de "manter guardado". Isso é natural do ser humano por diversos motivos e não tem como mudar (além de ser, de certa forma, um "direito" do empresário); mas neste caso o Estado realmente têm de intervir para forçar com que esse capital volte a circular. Provavelmente vou explicar isso melhor adiante*.

8º- "Quais países a população têm mais condições de viver sem pobreza?" Como eu disse, se faz necessário diferenciar o Socialismo-Comunismo como sistema econômico do Socialismo-Comunismo como sistema político - pois os países onde se verifica melhor satisfação à pergunta feita são justamente países de ECONOMIA capitalista enquanto mantém POLÍTICAS socialistas. Lugares onde o sócio-comunismo foi implementado (ou tentou-se implementar) COMO ECONOMIA não vingaram, justamente por neste aspecto ser frágil dependendo de várias condicionais.



*- Como prometido, vou falar sobre "o Estado ter de intervir para forçar com que esse capital volte a circular".
Se pegarmos boa parte das empresas mais modernas - especificamente as de Tecnologia da Informação (Google, Paypal, Facebook, Microsoft, Amazon...) - veremos um modelo de gerenciamento "social-capitalista" regendo as mesmas.
São empresas que acumulam riquezas 'para ficar guardada'? Sim! Mas são também empresas que não fazem UNICAMENTE ESSA PRÁTICA com seus lucros: elas também investem em políticas sociais (ou melhor: SOCIALISTAS) que, numa visão imediatista, poderia ser chamado simplesmente de "jogar dinheiro fora".
Ações como levar acesso à internet a pontos recônditos, desenvolver programas aero-espaciais independentes, equipar escolas com material digital e treinamento qualificado, abrir o direito de patente de seus produtos para que qualquer pessoa interessada também possa até mesmo construí-los...

Pois bem. Como disse, numa visão IMEDIATISTA poderia ser chamado simplesmente de "jogar dinheiro fora". Mas, numa visão a longo prazo essas ações - além de beneficiarem à população em geral - TAMBÉM resultarão em lucro para a própria empresa! E não SÓ para ela como também para OUTRAS empresas da mesma área!

O Facebook, levando internet à êrmos, poderá ser acessado por mais e mais gente. Consequentemente ganhará mais com publicidade - que, por sua vez, beneficiará aos anunciantes...
O PayPal (com a Space-X), construindo foguetes aero-espaciais, terá a chance não só de servir à NASA e outras entidades governamentais com seus estudos; mas também de estar na vanguarda da (literal) exploração espacial, quando iniciarem as primeiras expedições mineradoras de corpos celestes.
Novamente o PayPal (pela Tesla Motors), ao transformar a patente de seus veículos em "open-source", permitirá com que outras pessoas possam fazer manutenção nos carros elétricos que produz sem retorno algum com isso. Em contrapartida mais pessoas se sentirão seguras em comprá-los (pois haverá onde consertá-los caso quebrem), e até mesmo no caso de surgirem concorrentes na produção a empresa será beneficiada com o surgimento de NOVAS tecnologias para embarcar em seus próprios produtos (uma vez que o código original é aberto, toda patente subsequênte TEM de ser aberta TAMBÉM - o que dá a chance de recuperar esse "investimento" em know-how de terceiros)!
E o Google e a Microsoft, ao fornecerem treinamento e equipamento próprios para alunos em geral, FIDELIZAM esses alunos em seus próprios produtos - visto que estarão mais familiarizados com estes produtos que com os produtos da concorrência!

Tá! E se a empresa simplesmente se torna um "vortex capitalista", retendo todo o capital obtido exclusivamente para si?

AÍ entra o Estado, com a "taxação de grandes fortunas". SE o dinheiro não tá girando, alguém tem que forçá-lo a girar. "Se não é por bem, vai por mal". Por esse motivo que a taxação de grandes fortunas deveria ser não uma medida simplesmente obrigatória, mas sim alternativa a outras medidas que a própria empresa poderia tomar de expontânea vontade - tal qual a isenção que ocorre do Imposto de Renda quando se doa à insitituições filantrópicas!
E não tem jeito: se não há uma entidade "suprema" para garantir isso, poucas empresas o farão per se. Simplesmente pelo fato de o ser humano ser ganancioso!
 
Xeretinha disse:
Cara, consegui assistir até os ~26mins de vídeo - próximo do fim do primeiro tema. Tanto o amadorismo da produção (tem horas que o áudio é totalmente incompreensível) quanto dos debatentes (o tal do Sinotti simplesmente quer se impor na base da força - como grande parte dos extremistas, diga-se de passagem; enquanto o Cipriano sequer consegue ter desenvoltura - e isso não só nos momentos de confrontamento direto por parte do Sinotti) simplesmente deixa inviável continuar assistindo.

Mas enfim... Aqui vão os apontamentos que consegui fazer enquanto isso:

0º- Antes de mais nada, há de se definir: sistema econômico e sistema político são coisas diferenciadas. O capitalismo é estritamente, e por si só, um sistema econômico. Já o socialismo (e o comunismo) são sistemas políticos E TAMBÉM econômicos. É possível se ter um sistema político socialista em maior ou menor grau (onde o Estado intervém em assuntos além do mercado, mesmo que afetando este) sem que o capitalismo seja extinto.

1º- Uso de dados sólidos, mas descontextualizados. A citada "diminuição" de população saída da faixa de extrema pobreza não considera a popularização de políticas socialistas nos mais diversos governos. Ainda: não coloca em perspectiva a depreciação de bens e da própria economia - isso fica evidente ao se citar a quantidade de veículos por habitante, os quais se tornaram mais acessíveis entre as épocas citadas pela simples evolução do sistema produtivo (que reduz custos e se torna mais acessível, enquanto surgem outros bens mais cobiçados e difíceis de se produzir, como eletrônicos). Ainda nessa linha, não se considera a cadeia de descarte, onde o mais antigo e deteriorado passa para outras mãos por um valor menor que o original de compra.

2º- Bancos. Esse é um ponto hiperdelicado, pois são entidades puramente especulativas que nada produzem de fato mas são necessárias ao capitalismo por fazerem o dinheiro girar. Geralmente socialistas e comunistas pedem pela extinção dos mesmos, enquanto "direitistas" (vou diferenciar "direitistas" de "capitalistas" pois, em frente as conclusões modernas, realmente é burrice tentar acabar com o capitalismo em si - e portanto não há mais razão para "direitistas" se colocarem como "defensores do capitalismo") querem total liberdade. O grande ponto aí é que: se um banco não é fortemente fiscalizado, ele cometerá abusos com a população em geral (por o indivíduo isolado significar praticamente nada em suas atividades) enquanto beneficiará as grandes fortunas (daonde tira boa parte de seus próprios lucros ao se dispor a administrar). NESSE ponto é, sim, necessário um Estado altamente intervencionista para que essa prática seja coibida e, consequentemente, não se concretize a máxima de "os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres".

3º- "Beneficiamento de metacapitalistas por parte do Governo". Esse é um grande revés do modelo POLÍTICO "democrático" (não é nem socialista), que acontece principalmente quando temos casos de corrupção e prática de lobby. Quando o próprio Governo se subverte e distorce suas reais premissas - de incentivar empresas e "metaempresas" (Bancos, oi?) para fazer com que o dinheiro circule mais facilmente de forma a distribuir renda E produção por meio de fluxo de capital - sob a influência daquelas que ele próprio deveria fiscalizar e regulamentar, acontece o que foi dito: das tais empresas acumularem o capital sem méritos ou produção. Infelizmente isso é algo que independe de ideologia em si - o fator determinante, no caso, seria o apego a valores "morais e éticos". E como a ganância é um dos maiores males humanos, é nisso que dá!

4º- Desburocratização - isso é um ponto inegável! Quanto mais desburocratizados - e OTIMIZADOS - os processos em geral, mais eficientes eles se tornam, reduzindo custos e aumentando lucros. Só que isso pouco (ou nada) tem a ver com a afirmação de "ricos mais ricos, pobres mais pobres" em si.

5º- "Desideologização" da Educação. Sério! Isso já é um pé no saco! Essa forma de pintar que sempre haverá um "esquerdista subversivo equipado com máquinas de lavagem cerebral sob cada carteira de escola" já deu o que tinha que dar! Reconheço que o exemplo educacional citado de Cingapura seja válido - onde os alunos são apresentados ao empreendedorismo desde cedo, mas a forma como foi apresentado é como se eles "devessem se tornar máquinas impensantes de fazer dinheiro"! Na verdade, não se deve fazer nem uma coisa nem outra isoladamente - mas sim AMBAS ao mesmo tempo, de forma a desenvolver a capacidade criativa e lógica de modo a ser hábil EM AMBOS os assuntos! Outra coisa a se considerar é o tamanho em si de Cingapura - um país menor até que o estado do Rio de Janeiro. Um lugar desses é inegavelmente mais fácil de se administrar e gerenciar que um "mero estado" como Minas Gerais, por exemplo - que tem o tamanho equivalente a quase um terço de toda a Europa!

6º- Corte de gastos. Realmente é necessário um corte máximo de gastos, de forma a otimizar o custo nas ações do Estado. Minimizar (exemplo citado) o valor do fechamento ou abertura de ministérios é um passo errado que tende a levar à práticas corruptas. Por mais que o Estado seja uma espécie de entidade mediadora do capitalismo agindo em benefício da sociedade, ele próprio tem que ter uma "mente captalista" para se tornar o mais eficiente possível. Do contrário a máxima de "ricos mais ricos, pobres mais pobres" será causada pelo PRÓPRIO Estado como personagem principal.
Obs.: Agora sei de onde você, [member=zInkubi], tirou o argumento de que "o Bill Gates não tirou nada de ninguém!" Se você conhecesse um centésimo da história da informática não teria caído nessa... ¬¬

7º- "O empresário se abstêm de consumir tudo o que ganha para acumular mais capital. E o capital acumulado desta forma é gasto com mais ferramentas, mais recursos para produção" - sabemos que isso é uma inverdade. Apesar deste capital acumulado não ser, de fato, um capital "roubado da sociedade", o empresário acumula SIM capital com o simples intuito de "manter guardado". Isso é natural do ser humano por diversos motivos e não tem como mudar (além de ser, de certa forma, um "direito" do empresário); mas neste caso o Estado realmente têm de intervir para forçar com que esse capital volte a circular. Provavelmente vou explicar isso melhor adiante*.

8º- "Quais países a população têm mais condições de viver sem pobreza?" Como eu disse, se faz necessário diferenciar o Socialismo-Comunismo como sistema econômico do Socialismo-Comunismo como sistema político - pois os países onde se verifica melhor satisfação à pergunta feita são justamente países de ECONOMIA capitalista enquanto mantém POLÍTICAS socialistas. Lugares onde o sócio-comunismo foi implementado (ou tentou-se implementar) COMO ECONOMIA não vingaram, justamente por neste aspecto ser frágil dependendo de várias condicionais.



*- Como prometido, vou falar sobre "o Estado ter de intervir para forçar com que esse capital volte a circular".
Se pegarmos boa parte das empresas mais modernas - especificamente as de Tecnologia da Informação (Google, Paypal, Facebook, Microsoft, Amazon...) - veremos um modelo de gerenciamento "social-capitalista" regendo as mesmas.
São empresas que acumulam riquezas 'para ficar guardada'? Sim! Mas são também empresas que não fazem UNICAMENTE ESSA PRÁTICA com seus lucros: elas também investem em políticas sociais (ou melhor: SOCIALISTAS) que, numa visão imediatista, poderia ser chamado simplesmente de "jogar dinheiro fora".
Ações como levar acesso à internet a pontos recônditos, desenvolver programas aero-espaciais independentes, equipar escolas com material digital e treinamento qualificado, abrir o direito de patente de seus produtos para que qualquer pessoa interessada também possa até mesmo construí-los...

Pois bem. Como disse, numa visão IMEDIATISTA poderia ser chamado simplesmente de "jogar dinheiro fora". Mas, numa visão a longo prazo essas ações - além de beneficiarem à população em geral - TAMBÉM resultarão em lucro para a própria empresa! E não SÓ para ela como também para OUTRAS empresas da mesma área!

O Facebook, levando internet à êrmos, poderá ser acessado por mais e mais gente. Consequentemente ganhará mais com publicidade - que, por sua vez, beneficiará aos anunciantes...
O PayPal (com a Space-X), construindo foguetes aero-espaciais, terá a chance não só de servir à NASA e outras entidades governamentais com seus estudos; mas também de estar na vanguarda da (literal) exploração espacial, quando iniciarem as primeiras expedições mineradoras de corpos celestes.
Novamente o PayPal (pela Tesla Motors), ao transformar a patente de seus veículos em "open-source", permitirá com que outras pessoas possam fazer manutenção nos carros elétricos que produz sem retorno algum com isso. Em contrapartida mais pessoas se sentirão seguras em comprá-los (pois haverá onde consertá-los caso quebrem), e até mesmo no caso de surgirem concorrentes na produção a empresa será beneficiada com o surgimento de NOVAS tecnologias para embarcar em seus próprios produtos (uma vez que o código original é aberto, toda patente subsequênte TEM de ser aberta TAMBÉM - o que dá a chance de recuperar esse "investimento" em know-how de terceiros)!
E o Google e a Microsoft, ao fornecerem treinamento e equipamento próprios para alunos em geral, FIDELIZAM esses alunos em seus próprios produtos - visto que estarão mais familiarizados com estes produtos que com os produtos da concorrência!

Tá! E se a empresa simplesmente se torna um "vortex capitalista", retendo todo o capital obtido exclusivamente para si?

AÍ entra o Estado, com a "taxação de grandes fortunas". SE o dinheiro não tá girando, alguém tem que forçá-lo a girar. "Se não é por bem, vai por mal". Por esse motivo que a taxação de grandes fortunas deveria ser não uma medida simplesmente obrigatória, mas sim alternativa a outras medidas que a própria empresa poderia tomar de expontânea vontade - tal qual a isenção que ocorre do Imposto de Renda quando se doa à insitituições filantrópicas!
E não tem jeito: se não há uma entidade "suprema" para garantir isso, poucas empresas o farão per se. Simplesmente pelo fato de o ser humano ser ganancioso!
Ótimos argumentos, só que no 2°, ele quis dizer que com a "extinção" dos países capitalistas, as pessoas em faixa de pobreza extrema foram se diminuindo.
 
Ótimos argumentos, só que no 2°, ele quis dizer que com a "extinção" dos países capitalistas, as pessoas em faixa de pobreza extrema foram se diminuindo.
Com a extinção dos países COMUNISTAS, você quis dizer, né? (Tal como o Extratofólis que confundiu capitalismo e comunismo... 'Contece, eu sei")

Como eu disse, é relativa a diminuição das pessoas em faixa de pobreza extrema. Manter o valor de U$ 1,25/dia como delimitante por durante 20 anos é exagero e ignorar a depreciação da própria moeda no período; por outro lado afirmar que o acesso da população a carros em geral também é simplista demais - quantos desses carros em circulação são carros "do ano" e quantos são ainda com a tecnologia arcaica de carburação? É outra medida que teria que se atualizar frente a própria modernização e ao ciclo da obsolescência programada! Tanto é que, em 2015 (cinco anos depois do último ciclo comparativo) o valor de capital diário limite para extrema pobreza foi atualizado desses U$1,25 para U$1,95 - um salto de mais de 75% do valor anterior!

Há ainda outras implicações diversas, como o simples fato de planificar economias convertendo o poder aquisitivo em dólares... Isso pode funcionar de uma forma geral, mas ignora completamente casos específicos. Por exemplo: gêneros alimentícios em geral são mais caros na Europa e nos Estados Unidos, que têm suas economias baseadas em transformação de bens - o Big Mac que custa "dérreau" aqui custa 10 dólares lá, quase R$40! Já bens manufaturados são mais baratos lá que aqui: um carro zero popular, o Prius (equivalente ao nosso Mille) sai na faixa duns U$5.000 - que, pra eles equivale a dois meses e meio de trabalho tal como R$5.000 equivalem em média aqui. Mas o NOSSO Mille já tá mais de R$30.000 - quase o equivalente aos U$5.000 de valor absoluto de lá! Sacou?
 
Xeretinha disse:
Com a extinção dos países COMUNISTAS, você quis dizer, né? (Tal como o Extratofólis que confundiu capitalismo e comunismo... 'Contece, eu sei")

Como eu disse, é relativa a diminuição das pessoas em faixa de pobreza extrema. Manter o valor de U$ 1,25/dia como delimitante por durante 20 anos é exagero e ignorar a depreciação da própria moeda no período; por outro lado afirmar que o acesso da população a carros em geral também é simplista demais - quantos desses carros em circulação são carros "do ano" e quantos são ainda com a tecnologia arcaica de carburação? É outra medida que teria que se atualizar frente a própria modernização e ao ciclo da obsolescência programada! Tanto é que, em 2015 (cinco anos depois do último ciclo comparativo) o valor de capital diário limite para extrema pobreza foi atualizado desses U$1,25 para U$1,95 - um salto de mais de 75% do valor anterior!

Há ainda outras implicações diversas, como o simples fato de planificar economias convertendo o poder aquisitivo em dólares... Isso pode funcionar de uma forma geral, mas ignora completamente casos específicos. Por exemplo: gêneros alimentícios em geral são mais caros na Europa e nos Estados Unidos, que têm suas economias baseadas em transformação de bens - o Big Mac que custa "dérreau" aqui custa 10 dólares lá, quase R$40! Já bens manufaturados são mais baratos lá que aqui: um carro zero popular, o Prius (equivalente ao nosso Mille) sai na faixa duns U$5.000 - que, pra eles equivale a dois meses e meio de trabalho tal como R$5.000 equivalem em média aqui. Mas o NOSSO Mille já tá mais de R$30.000 - quase o equivalente aos U$5.000 de valor absoluto de lá! Sacou?
É comunismo, tava pensando tanto em Capitalismo que acabei escrevendo :P
Pois muitos países ainda usam os metodos protecionistas nas "suas" montadoras de veiculos, Brasil, Argentina(que usava), Bolívia, Uruguai, Peru, etc.
Não é pelo cotação do dólar o preço dos carros, mas sim, muitos impostos, sai quase o dobro do preço do carro só de imposto.
 
É comunismo, tava pensando tanto em Capitalismo que acabei escrevendo :P
Pois muitos países ainda usam os metodos protecionistas nas "suas" montadoras de veiculos, Brasil, Argentina(que usava), Bolívia, Uruguai, Peru, etc.
Não é pelo cotação do dólar o preço dos carros, mas sim, muitos impostos, sai quase o dobro do preço do carro só de imposto.
Balela das montadoras isso aí de muitos impostos. Já ouviu falar dos Gurgel?

Pois bem... A Gurgel era uma fábrica "100% nacional" de carros (de tecnologia "pé de boi" - simples, mas que funcionava) que, mesmo sendo de pequeno porte e produzindo uma média de 10 carros diários, conseguiu o feito de produzir veículos por menos de U$5.000 em valor final de revenda - praticamente a metade do valor de revenda de um carro popular multinacional da mesma época. Deve-se ressaltar o fato de ser uma empresa pequena pois, como isso acarreta em volumes menores de insumos, o custo final acaba sendo maior que pra uma grande produtora - haja visto que precisava pagar mais frete por número de peças, recebia menos descontos e tudo o mais.

Diante disso, as grandes montadoras tiveram que se mexer; e com certos incentivos da época do governo Collor (obtidos inclusive por meio de lobby), facilmente conseguiram "quebrar" esse valor de revenda da Gurgel. Com isso a fábrica foi à falência e as montadoras, pouco a pouco, trouxeram seus preços de volta ao máximo possível que ainda atraisse compradores.


E o grande "tchan" das montadoras é justamente esse: vão jogando seus preços finais na base do 'vai que cola'. E enquanto houver gente comprando não param! Isso significa que, hoje, o valor de produção de um popular (como o Mille) roda na faixa dos R$ 5.000 - sim! Cinco mil REAIS! Lembre-se que as tecnologias de produção evoluiram, se tornaram mais eficientes, e mais baratas!
Some-se a isso os ~46% de taxas, tributações e impostos aplicados no valor final - e some-se também a taxa média de lucro líquido aplicada em qualquer outro mercado, que é em torno de 10% (ou seja: um total de 56% do valor final. Se você já aprendeu porcentagem, então temos que dividir esses 5k por 0,44) - e temos um valor mínimo total de revenda de R$ 11.364. Arredondando pra cima (pra "sermos bonzinhos") R$11.500 ou, SE MUITO, R$12k!

DOZE MIL REAIS EM UM CARRO POPULAR! A quanto estão sendo vendidos atualmente? TRÊS VEZES esse valor!
Considerando-se que a parte tributária incide no valor final (ou seja: 46% de ~R$35k), sobram ~R$14k - quase TREZENTOS PORCENTO de lucro em cima do custo de produção (incluso aí material, salários, equipamentos, instalações... tanto custo fixo quanto o custo variável)!


Duvida? Basta ver como os pátios das montadoras estão abarrotados, mesmo de antes da crise tomar o corpo que tomou atualmente. Se não tivessem tamanha voracidade, certamente trabalhariam com uma produção em modelo mais "Just in Time", onde a produção é ajustada estritamente à demanda...


Aí fica o seguinte ponto: e como podemos pagar esse ABSURDO por um carro?
Economia de mercado - mais exatamente, oferta e demanda! Se tem tonto que acha que um carro é TÃO valioso assim (por conforto, status, benefícios, ganhos... ou qualquer outra métrica aplicada) e paga, então as montadoras VÃO colocar o preço nesse patamar. Se não tem, vão baixar.
E se tiver maluco que aceite pagar ainda MAIS? Podes crer que não vão achar neeeem um pouquinho ruim dar uma forçadinha até o preço chegar nesse "mais"!

Como eu disse, o ser humano é ganancioso. Somos capazes de convencer outra pessoa a comprar algo totalmente desnecessário - e abundante até - se conseguirmos convencê-la de que essa compra será boa pra ela. Como picolé pra esquimó - ou água engarrafada num país abundante em recursos hídricos...



Nada mal pra alguém que foi chamado jocosamente de "esquerdinha" na shoutbox, não?!?
 
Xeretinha disse:
PS: Tu falou do Bill Gates aí em outro tópico, que "ele montou uma empresa com muitos funcionários e por isso ganha muito dinheiro e blablablá"...
Sabia que até mesmo o "grande projeto" que trouxe a riqueza à ele NEM MESMO É OBRA DELE?
Sim! O MS-DOS, sistema que foi o fundamento do império financeiro dele, era uma obra criada pelo PETER NORTON - o mesmo do Norton Antivirus. Então vê se usa outro argumento pois usar como exemplo alguém que começou com um (literal) ROUBO pega mal pra própria imagem da "Ideologia Capitalista".

Enfim... Só um toque, tá? ~_~'

MS-DOS falo e disse, ele compro o sistema DOS(Disk Operating System) por uns 100 mil, mudou umas coisas e acrescentou o MS de Microsoft antes. Diria até que o Bill só fico bilionário porque tava no lugar certo na hora certa, quando ele surgiu com uma GUI no Windows 95 foi o estopim pra isso, daí ele já era pioneiro em sistemas pra computadores domésticos.

patinkeiro disse:
Esse debate é furada, nada ver a principal causa do Brasil, que se chama corrupção, impostos, , fazem ambas as partes, Evandro diz que o meta capitalismo, destroe e empobrece os indivíduos, afinal capitalismo financeiro sempre será mais forte que capitalismo trabalho. O maior mal de todos foi a criação do Sr. Roberto Campos, ministro da economia do regime militar, um economista liberal, o chamado CORREÇÃO MONETÁRIA, matou todos, menos os chamados meta capitalista, fazendo que a nossa divida fica-se impagável. ISTO NÃO É COISA DA ESQUERDA, que fique bem entendido
Exatamente. Apenas se o governo ressurgisse das cinzas seria possível começar a tratar de assuntos que envolvem posição política, agora de nada serve, se não para discutir meios diferentes para roubar/desviar dinheiro, infelizmente.
 
MS-DOS falo e disse, ele compro o sistema DOS(Disk Operating System) por uns 100 mil, mudou umas coisas e acrescentou o MS de Microsoft antes. Diria até que o Bill só fico bilionário porque tava no lugar certo na hora certa, quando ele surgiu com uma GUI no Windows 95 foi o estopim pra isso, daí ele já era pioneiro em sistemas pra computadores domésticos.
E isso que esse valor foi pago DEPOIS de apresentar o projeto à IBM, num aporte de capital para o Norton em caráter de compensação (para evitar um processo judicial), né?!? Ou seja: quando o Gates propôs à IBM de embarcar o "seu" DOS em todos os microcomputadores, o MS-DOS ainda não era do Bill Gates de fato!

E a GUI do Windows 3.x também foi outra ideia "roubada" - dessa vez da Xerox de Palo Alto (a do Windows NT/95 foi desenvolvida junto com a tentativa de criar o OS/2 para a IBM em parceria com a Apple).
A Xerox desenvolveu o mouse, criou um rudimento de interface gráfica baseada em janelas, a Microsoft "comprou" a ideia e trabalhou em cima como GUI para o MS-DOS. O sucesso foi tamanho que partiram para criar um S.O. altamente baseado em interface gestual, não mais dependendo exclusivamente de códigos de comando.
 
Xeretinha disse:
E isso que esse valor foi pago DEPOIS de apresentar o projeto à IBM, num aporte de capital para o Norton em caráter de compensação (para evitar um processo judicial), né?!? Ou seja: quando o Gates propôs à IBM de embarcar o "seu" DOS em todos os microcomputadores, o MS-DOS ainda não era do Bill Gates de fato!

E a GUI do Windows 3.x também foi outra ideia "roubada" - dessa vez da Xerox de Palo Alto (a do Windows NT/95 foi desenvolvida junto com a tentativa de criar o OS/2 para a IBM em parceria com a Apple).
A Xerox desenvolveu o mouse, criou um rudimento de interface gráfica baseada em janelas, a Microsoft "comprou" a ideia e trabalhou em cima como GUI para o MS-DOS. O sucesso foi tamanho que partiram para criar um S.O. altamente baseado em interface gestual, não mais dependendo exclusivamente de códigos de comando.
De fato. Várias ideias que a Microsoft implementou em seus sistemas foram roubadas, e isso acontece até então. Por exemplo a interface do Vista e 7, o AeroGlass, é uma cópia barata do KDE 4.

Se bem que, por mais boa que sejam as ideias, elas nem sempre dão certo, como o METRO no Windows 8, ou simplesmente é cheio de bugs: Vista é sonônimo de bug, 95 virou piada depois da demonstração que Gates fez, mostrando ao mundo a tenebrosa BSOD.
 
LucasExtremeX7 disse:
Parece ser muito interessante. Quando eu estiver disponível, darei minha opinião, e ponto de vista sobre este tema muito "tretudo".
Espero que veja sim.
 
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