O pipoca abraçou. Foi na porta da minha casa lá botou pânico em todo mundo 3h da tarde
E eu nem tava lá....vai vendo!
-É mas aí, Brown, tem uns tipo de mulher truta que não dá nem pra comentar
-Eu nem sei quem é os maluco, isso que é foda
-Aí vamo atrás desse pipoca aí e já era
-Ir atrás de quem e aonde? Sei nem quem é, mano
-Mano, não devo, não temo e dá meu copo que já era
- E aí, bandido mal, como que é, meu parceiro?
- E aí, Abraão, firmão truta?
- Firmeza total, Brown...e a quebrada aí, irmão?
- Tá pampa, aí fiquei sabendo do seu pai, aí, lamentável truta, meu sentimento mesmo, mano!
- Vai vendo, Brown, meu pai morreu e nem deixaram eu ir no enterro do meu coroa não, irmão
- Isso é louco, você tava aonde na hora?
- Tava batendo uma bola, meu, fiquei na mó neurose, irmão
- Aí foram te avisar?
- É, vieram me avisar, mas tá firmão, brou.
Eu tô firmão, logo mais tô aí na quebrada com vocês aí
- É quente, na rua também num tá fácil não morô, truta?
Uns juntando inimigo, outros juntando dinheiro, sempre tem um pra testar sua fé, mas tá ligado, sempre tem um corre a mais pra fazer, aí, mano, liga, liga nós aí qualquer coisa lado a lado, nós até o fim morô, mano?
-Tô ligado!
Fé em Deus que ele é justo!
Ei, irmão, nunca se esqueça
Na guarda, guerreiro, levanta a cabeça, truta
Onde estiver, seja lá como for
Tenha fé, porque até no lixão nasce flor
Ore por nós pastor, lembra da gente
No culto dessa noite, firmão, segue quente
Admiro os crentes, dá licença aqui
Mó função, mó tabela, pô, desculpa aí
Eu me sinto às vezes meio pá, inseguro
Que nem um vira-lata, sem fé no futuro
Vem alguém lá, quem é quem, quem será meu bom
Dá meu brinquedo de furar moletom!
Porque os bico que me vê, com os truta na balada
Tenta ver, quer saber, de mim não vê nada
Porque a confiança é uma mulher ingrata
Que te beija e te abraça, te rouba e te mata
Desacreditar, nem pensar, só naquela
Se uma mosca ameaçar, me catar, piso nela
O bico deu mó guela, pique bandidão
Foi em casa na missão, me trombar na Cohab
De camisa larga, vai saber
Deus que sabe, qual é maldade comigo, inimigo no migué
Tocou a campainha plim, pra tramar meu fim
Dois maluco armado sim, um isqueiro e um estopim
Pronto pra chamar minha preta pra falar
Que eu comi a mina dele... Ah, se ela tava lá
Vadia mentirosa, nunca vi deu mó faia
Espírito do mal! cão de buceta e saia
Talarico nunca fui e é o seguinte
Ando certo pelo certo, como 10 e 10 é 20
Já pensou doido e se eu tô com meu filho no sofá
De vacilo desarmado era aquilo
Sem culpa e sem chance, nem pra abrir a boca
Ia nessa sem saber, pro cê vê, Vida Loka!
-Aí, Brown, nós tá aqui dentro, mas demorô, truta, liga nós, irmão
- Não, truta, aí, jamais vamo levar problema pro cêis aí, nóis resolve na rua rapidinho também
Mas aí, nem esquenta, e aí, e aquele jogo lá do final do ano que cê falô?
- Então, truta, demorô, no final do ano nós vamo marca aquele jogo lá, eu você, o Blue, os cara do Racionais, tudo aí, morô, meu? Visita sua aqui é sagrada, safado num atravessa não, morô?
Mais na rua não é não!
Até Jack! Tem quem passe um pano
Impostor, pé de black, passa por malandro
A inveja existe e a cada 10, 5 é na maldade
A mãe dos pecado capital é a vaidade
Mas se é pra resolver, se envolver, vai meu nome, eu vô
Fazer o que se cadeia é pra homem?
Malandrão eu? Não, ninguém é bobo
Se quer guerra, terá, se quer paz, quero em dobro
Mas, verme é verme, é o que é
Rastejando no chão, sempre embaixo do pé
E fala uma, duas vez, se marcar até três
Na quarta, xeque-mate que nem no xadrez
Eu sou guerreiro do rap, sempre em alta voltagem
Um por um, Deus por nós, tô aqui de passagem
Vida loka, eu não tenho dom pra vítima
Justiça e liberdade, a causa é legítima
Meu rap faz o cântico, dos louco e dos romântico, vô
Por um sorriso de criança aonde eu for
Pros parceiros, tenho a oferecer minha presença
Talvez até confusa, mas real e intensa
Meu melhor Marvin Gaye, sabadão na marginal
O que será será, é nós vamo até o final
Liga eu, liga nós, onde preciso for
No paraíso ou no dia do juízo, pastor
E liga eu e os irmãos é o ponto que eu peço
Favela, fundão, imortal nos meus verso
Vida loka
- E aê, Brown, é os espião irmão!
- Tô com os mano aí, eu vô, tô indo ali na zona leste aí, tipo umas 11 horas eu já to voltando já, morô?
- Tá firmão aí, Brown, aí, mano, eu vô desliga, mas tu manda um salve pros mano da quebrada aí, morô? A Gil, morô, mano? Pro Batatão, pro Pacheco, pro Porquinho, pro Xande, pro Dé, morô, meu? Aí no dia do jogo moro, os mano do Exaltasamba vão vir, manda um salve para os pinha lá, morô? Fica com Deus, irmão
-Firmeza total, mais um ano se passando
Graças a Deus a gente tá com saúde aí, morô?
Muita coletividade na quebrada, dinheiro no bolso
Sem miséria, e é nóis
Vamos brindar o dia de hoje
Que o amanhã só pertence a Deus, a vida é loka
Deixa eu fala procê
Tudo, tudo, tudo vai, tudo é fase irmão
Logo mais vamo arrebentar no mundão
De cordão de elite, 18 quilates
Poê no pulso, logo Breitling
Que tal? tá bom?
De lupa Bausch & Lomb, bombeta branco e vinho
Champagne para o ar, que é pra abrir nossos caminhos
Pobre é o diabo, eu odeio a ostentação
Pode rir, ri mais não desacredita não
É só questão de tempo, o fim do sofrimento
Um brinde pros guerreiro, zé povinho eu lamento
Vermes que só faz peso na terra
Tira o zóio
Tira o zóio, vê se me erra
Eu durmo pronto pra guerra
E eu não era assim, eu tenho ódio
E sei o que é mau pra mim
Fazer o que se é assim
Vida loka cabulosa
O cheiro é de pólvora
E eu prefiro rosas
E eu que...e eu que
Sempre quis com um lugar,
Gramado e limpo, assim, verde como o mar
Cercas brancas, uma seringueira com balança
Disbicando pipa, cercado de criança
How...how Brown
Acorda sangue bom,
Aqui é capão redondo, tru
Não pokemón
Zona sul é o invés, é stress concentrado
Um coração ferido, por metro quadrado
Quanto, mais tempo eu vou resistir
Pior que eu já vi meu lado bom na U.T.I
Meu anjo do perdão foi bom
Mas tá fraco
Culpa dos imundo, do espírito opaco
Eu queria ter, pra testar e vê
Um malote, com glória, fama
Embrulhado em pacote
Se é isso que cêis quer
Vem pegar
Jogar num rio de merda e ver vários pular
Dinheiro é foda
Na mão de favelado, é mó guela
Na crise, vários pedra, 90 esfarela
Eu vou jogar pra ganhar
O meu money, vai e vem
Porém, quem tem, tem
Não cresço o zóio em ninguém
O que tiver que ser
Será meu
Tá escrito nas estrelas
Vai reclamar com Deus
Imagina nóis de Audi
Ou de Citröen
Indo aqui, indo ali
Só pam
De vai e vem
No Capão, no Apurá, vô colar
Na pedreira do São Bento
Na fundão, no pião
Sexta-feira
De teto solar
O luar representa
Ouvindo Cassiano
Ha
Os gambé não güenta
Mas se não der
Nêgo
O que é que tem
O importante é nós aqui
Junto ano que vem
O caminho
Da felicidade ainda existe
É uma trilha estreita
Em meio à selva triste
Quanto cê paga
Pra vê sua mãe agora
E nunca mais ver seu pivete
Ir embora
Dá a casa, dá o carro
Uma glock, e uma fal
Sobe cego de joelho
Mil e cem degraus
Quente é mil grau
O que o guerreiro diz
O promotor é só um homem
Deus é o juiz
Enquanto Zé Povinho
Apedrejava a cruz
E o canalha, fardado
Cuspiu em Jesus
Oh
Aos 45 do segundo arrependido
Salvo e perdoado
É Dimas o bandido
É loko o bagulho
Arrepia na hora
Oh
Dimas, primeiro vida loka da história
Eu digo
Glória...glória
Sei que Deus tá aqui
E só quem é
Só quem é vai sentir
E meus guerreiro de fé
Quero ouvir....quero ouvir
E meus guerreiro de fé
Quero ouvir...irmão
Programado pra morre nós é
Certo é...certo...é crê no que der
Firmeza
Não é questão de luxo
Não é questão de cor
É questão que fartura
Alega o sofredor
Não é questão de preza, nêgo
A ideia é essa
Miséria, traz tristeza, e vice-versa
Inconscientemente
Vem na minha mente inteira
a loja de tênis
O olhar do parceiro feliz
De poder comprar
O azul, o vermelho
O balcão, o espelho
O estoque, a modelo
Não importa
Dinheiro é puta
E abre as portas
monte o castelo de areia quem quiser
Preto e dinheiro
São palavras rivais
É
Então mostra pra esses cu
Como é que faz
O seu enterro foi dramático
Como um blues antigo
Mas tinha estilo
Me perdoe, de bandido
Tempo pra pensar
Quer parar
Que cê qué?
Viver pouco como um rei
Ou muito, como um Zé?
Às vezes eu acho
Que todo preto como eu
Só quer um terreno no mato
Só seu
Sem luxo, descalço, nadar num riacho
Sem fome
Pegando as fruta no cacho
Aí truta, é o que eu acho
Quero também
Mas em São Paulo
Deus é uma nota de 100
Vidaloka!
"Porque o guerreiro de fé nunca gela
Não agrada o injusto, e não amarela
O Rei dos reis, foi traído, e sangrou nessa terra
Mas morrer como um homem é o prêmio da guerra
Mas Óh
Conforme for, se precisa, afoga no próprio sangue, assim será
Nosso espírito é imortal, sangue do meu sangue
Entre o corte da espada e o perfume da rosa
Sem menção honrosa, sem massagem."
A vida é loka, nêgo
E nela eu tô de passagem
A Dimas, o primeiro
Saúde guerreiro!
Dimas... Dimas... Dimas