Olá, boa noite. Inicialmente, gostaria de dizer que esse foi um dos trabalhos que mais gostei de fazer. Fugindo bastante do tema, quis trazer minha "resenha" de GRIS, que para mim, é uma obra de arte. E por meio desse tópico tentar mostrar o porquê dessa minha opinião. Pensei muito em como estruturar essa matéria mas acabou saindo mais direta do que imaginei. Espero que entendam a passagem, aqui está uma análise 80% pessoal. Gris é um jogo de aventura e plataforma desenvolvido pela Nomada Studio, lançado em 2018. O jogo segue a história de Gris, uma jovem que está lidando com uma experiência traumática e emocional em sua vida. A narrativa é apresentada de forma simbólica, sem diálogos, explorando temas como luto, dor e recuperação. O jogador acompanha Gris em sua jornada por um mundo desbotado e sombrio, que vai ganhando cor e vida à medida que ela recupera suas emoções. Ao longo do jogo, Gris adquire novas habilidades que a permitem acessar áreas anteriormente inacessíveis e progredir em sua jornada. A estética visual do jogo é uma de suas principais características, com um estilo artístico inspirado em aquarelas, e a trilha sonora, composta por Berlinist, complementa perfeitamente a atmosfera emocional. Gris não é apenas sobre superar obstáculos físicos, mas também sobre uma jornada emocional, tornando-o uma experiência introspectiva e visualmente cativante. Embora o jogo não tenha diálogos explícitos ou uma história tradicional, ele sugere temas profundos de luto, perda, e recuperação emocional. Ao acompanhar Gris em sua jornada por um mundo desbotado que gradualmente recupera suas cores, o jogo infere que a protagonista está lidando com uma experiência dolorosa, possivelmente relacionada ao luto ou à depressão. Os desafios e obstáculos que Gris enfrenta simbolizam as dificuldades internas que uma pessoa pode enfrentar ao tentar superar a dor emocional. A recuperação das cores e habilidades sugere um processo de reconciliação e aceitação, onde Gris vai gradualmente reconectando-se com suas emoções e se fortalecendo para seguir em frente. Gris também infere que o caminho para a cura não é linear e sim cheio de altos e baixos, simbolizados pelos ambientes mutáveis e desafios diversos. Em suma, o jogo infere que, embora o sofrimento possa desbotar nossa percepção do mundo, é possível, através da aceitação e do autoconhecimento, recuperar as cores da vida e encontrar um novo equilíbrio emocional. A trilha sonora de Gris é uma das partes mais fundamentais do jogo, composta pelo grupo indie Berlinist. Ela desempenha um papel crucial na construção da atmosfera emocional e na narrativa do jogo, utilizando instrumentos como piano e cordas para criar uma sensação de tristeza, reflexão e esperança. A música evolui junto com a jornada da protagonista, começando de forma melancólica e tornando-se mais rica à medida que Gris recupera suas emoções. Integrada à jogabilidade, a trilha sonora muda sutilmente em momentos-chave, amplificando a imersão e criando uma conexão emocional profunda com o jogador. Essa trilha é frequentemente destacada como um exemplo brilhante de como a música pode elevar a experiência de um jogo, recebendo ampla aclamação e várias indicações a prêmios. Se isso não é arte desconheço o que possa ser. Segundo os desenvolvedores, Gris foi concebido como uma metáfora para o processo de cura emocional. Eles deliberadamente optaram por uma narrativa sutil, usando cores, música e design de níveis para transmitir emoções complexas de uma forma que fosse acessível a todos, independentemente de idioma ou cultura. O objetivo era criar um jogo que fosse belo e introspectivo, permitindo que os jogadores interpretassem a jornada de Gris de maneira pessoal. A equipe também destacou que queriam que Gris fosse um jogo acessível, onde a experiência emocional fosse mais importante do que a dificuldade técnica. Para eles, a jornada de Gris é universal, tratando de temas que todos, em algum momento, podem enfrentar em suas vidas, como luto, crescimento pessoal e a busca por esperança após a adversidade. Teoria e psicologia das cores em GRIS Gris associa a teoria e a psicologia das cores de maneira profunda e significativa ao longo de seu enredo. Cada cor que Gris recupera não apenas enriquece visualmente o mundo do jogo, mas também simboliza diferentes estados emocionais e fases do processo de cura. No início do jogo, o mundo é predominantemente cinza, refletindo a tristeza e a desolação que Gris sente em decorrência de sua dor emocional. À medida que ela avança e enfrenta seus desafios internos, novas cores são introduzidas, cada uma representando emoções específicas. Por exemplo, o azul, que Gris encontra em uma das fases, simboliza a tristeza e a melancolia, enquanto o vermelho, presente em momentos de angústia, representa a raiva e a frustração. O amarelo pode evocar sentimentos de alegria e otimismo, indicando que, após enfrentar a dor, há espaço para a esperança e a recuperação. A transformação das cores não é apenas visual, ela está intimamente ligada à jogabilidade e à narrativa. À medida que Gris conquista novas habilidades e enfrenta seus medos, o mundo ao seu redor ganha vida e cor, simbolizando a aceitação e a recuperação emocional. Essa progressão reflete a teoria de que as cores podem influenciar e expressar estados emocionais, tornando a experiência de jogar Gris não apenas uma jornada visual, mas também uma exploração da psicologia das emoções. Assim, a relação entre as cores e a psicologia no jogo ajuda a transmitir uma narrativa mais rica e profunda, permitindo que os jogadores sintam as emoções da protagonista em um nível mais intuitivo e você nem precisa ser um grande crítico para notar o impacto desse detalhe. Cada mudança de cor e ambiente não só representa um marco na jornada de Gris, mas também convida os jogadores a refletirem sobre suas próprias experiências emocionais. E por esses pontos em muitos outros, Gris alugou um triplex na minha cabeça por muito tempo, deixo como recomendação para vocês, gamers de plantão. Principal fonte Com isso, deixo espaço para que me traga seu ponto de vista sobre essa obra de arte da Nomada Studio. Até a próxima. Atenciosamente, Nala.