Personagens :
Ellie Marques
Luccas Velasques
Epilogo:Ellie Marques
Luccas Velasques
Ellie narrando :
Abro meus olhos despertando do que pareciam pouquíssimo tempo de sono pelas horas que passei estudando quase a noite toda para a faculdade de administração que faço, a mesma carreira que meu pai que nunca conheci seguia, tento sorrir mas não consigo, só aí percebo que nenhuma parte do meu corpo estava se movendo, apenas meus olhos, percebo também que não estava na minha casa atual, estava na antiga. De repente começo a ouvir passos na minha direção, tento ver quem é mais não consigo, e os passos começam a ficar mais altos e ele aparece na minha frente, o cara que me estuprou durante 2 anos, foram trinta vezes no total, o meu padrasto. arregalo os olhos com medo enquanto ele apertava meu pescoço, tirando todo meu ar.
- Agora você vai aprender a fechar essa sua boquinha sua piranha. - Então ele desce sua mão em direção aos meus seios - vadia gostosa.
Não isso não por favor, não, não, não...
- Não! Grito com toda minha força, despertando de verdade, Deus de novo isso, me levanto correndo para o banheiro lavar o rosto que já estava cheio de lágrimas, eu não queria aquilo de novo na minha vida, foram muitos anos de pesadelos até eu superar pelo menos um pouco, e está voltando, é a segunda vez na semana que sonhei com ele, isso está me atormentando muito, não conversei com a minha mãe para não dar mais problemas a ela, já sofreu muito tentando me ajudar e tentando se ajudar. Juntas estamos cuidando do meu avô já bem velho e doente com câncer no pulmão, o "nosso" salário serve apenas para pagar as contas e pagar os remédios e consultas do vovô, mal sobra pra comida, dar a ela mais uma preocupação seria um tiro no peito, ainda mais sobre isso! Desço as escadas para toar café e trabalhar mais um dia.
- Bom dia mamãe, como está? - pergunto a ela tentando dar a ela meu melhor sorriso.
- Bom dia minha filha, não muito bem, pode se sentar por favor? Quero te contar algo. - Ela diz com um quê de preocupação na voz, me sento enquanto ela terminava de falar.
- Claro mãe, o que foi? É algo com o vovô? me diz aconteceu algo? - Começo a me desesperar com a possibilidade de perder o meu querido avô.
- Não não, preciso que tenha calma, o César saiu da cadeia, me disseram que é por bom comportamento, não entendo como, mas saiu. - Ela conta com lágrimas nos olhos, com certeza se lembrando de tudo que vivemos com ele, o estuprador.
- Meu Deus, será que é um aviso? Mãe eu sonhei com ele na segunda e sonhei hoje de novo, será que era um aviso pra gente ir embora, sumir, sei lá, mãe meu Deus.
- Clama minha filha vai ficar tudo bem, vamos conversar com a Dona Rita, e pedir a ajuda dela, talvez ela tenha uma solução.
- Ela mãe? Ela não ajuda ninguém! É egoísta demais, é capaz de mandar a gente embora.
- Ellie Darling você precisa ter calma, vamos tentar, tome seu café e vamos trabalhar já.
Me calo e faço o que ela mandou, mesmo perdendo toda a fome com a notícia. Logo em seguida vamos para o ponto de ônibus para trabalhar e meu pensamento está em um único lugar,na verdade pessoa. Será que ele já deve estar atrás da gente? Esse desgraçado não sai da minha cabeça, e todo mal que ele fez a mim, eu o odeio, e queria que morresse na cadeia!
- Filha ta me ouvindo? Sobe no ônibus logo garota. - Desperto com sua voz e vejo o ônibus parado com o motorista me olhando com uma cara que não é das melhores e entro dando bom dia.- Onde você esta com a cabeça menina?
- Desculpe mãe, to com medo, apenas isso. - Ela me olha com condolência, mas não diz nada e continuamos nossa viagem ao serviço em silencio. Chegando la estranhei e vai e vem de pessoas na mansão, olhei para minha mãe em busca de respostas mas ela estava meio pensativa e de repente pareceu se lembrar de algo pois abriu o seu maior sorriso.
- Esqueci de te avisar, hoje e a festa de boas vindas do Luccas, o primo da Ritinha! - Sua felicidade poderia ser vista de longe, e claro, se alguém olhasse pra ela.
- Ta, espera, quem é esse tal de Luccas e porque essa felicidade toda com esse garoto? - Fico um pouco assustada com a animação da dona Isabel, vulgo minha mãe.
- Ele não é um garoto Ellie, é um homem já, e um homem muito bom! - ela diz se animando cada vez mais, estranho demais.
- Isabel e Ellie, o que estão fazendo ai paradas? Hoje é dia de festa, vamos trabalhar - Rita, que pela primeira vez estava feliz, ou esse homem era o papa ou era um milagre.
Quem será ele?