Antes de mais nada quero dizer que partes deste conto foram tiradas de histórias passadas de geração em geração da minha afamilia, muito do que esta neste conto trata-se de fantasia misturado com a essas histórias, aproveitem! http://iraecaos.blogspot.com.br/ O legado - Capitulo 1. A queda [SIZE=large]Capitulo 1. A queda[/SIZE] Quando eu era pequeno minha família por parte de minha mãe contava varias histórias de família, sabe como é essas histórias, aquele tio pescador que pegou “aquele” peixe, ou um primo caçador que viu coisas sobrenaturais, nada que um garoto da cidade vá acreditar, mas foi com 15 anos que eu soube de uma história de família que iria aguçar minha curiosidade, mas também iria destruir minha vida. Essa história não é uma daquelas que tudo pode ser explicado pela lógica da mente humana ou que nossa crença religiosa tenha algo a falar, mas se você acredita em seres no escuro que espreitam querendo se alimentar de nossos medos, de seres que te olham no escuro, nas sombras para te conduzir ao fundo do mais aterrador precipício te fazendo partir em mil pedaços. Essa história é exatamente isso, é o conduzir de uma pessoa sensata para um psicopata aprisionado por uma cela acolchoada dentro de um sanatório. Tudo começou quando eu tinha 15 anos, meu avô me contou uma história sobre meu bisavô, ele era uma pessoa boa e trabalhava na época como caixeiro viajante foi em uma dessas viagens que ele conseguiu um livro estranho, capa de couro muito antigo com paginas amareladas e com imagens e escrita muito estranhas, que por sua vez emanava uma sensação estranha de aversão e medo, que parecia não afetar meu bisavô. Depois de um tempo, disse meu avô, meu bisavô ficou louco, falava de pessoas que se escondiam no escuro, coisas também sobre os filhos dos Nefilins e por muitas vezes falando em uma língua totalmente desconhecida, meu avô vendo como o pai dele tinha mudado depois de encontrar esse livro que constantemente estava ao lado, do agora insano e doente, pai dele, decidiu sumir com esse livro, enterrando fundo em uma parte longe da fazenda onde morava nesse mesmo dia meu bisavô morreu. Depois de ouvir essa história fiquei obcecado por esse livro, se fosse verdade eu precisava ver com meus próprios olhos as paginas malditas de que meu avô falou. Hoje não sei explicar o que me fez procurar essa coisa maldita, talvez fosse à euforia da juventude, ou talvez a pura curiosidade, mas algo me diz que era algo, além disso, talvez fosse algo marcado em mim, algo que talvez meu bisavô também tivesse algo que não sei ao certo o que é, mas que talvez fosse uma maldição que assolava somente alguns membros de nossa família, coisa de que vim descobrir depois de um tempo, mas que não se encaixa nessa historia que lhes conto, mas que virei a contar em outra narrativa. Vou por fim começar a lhes contar sobre o dia em que tudo em minha vida mudou e passei de um filho amoroso e pessoa integra ao mais vil assassino e mentiroso que o mundo já viu. Depois de meu avô ter me contado quase tudo que sabia sobre o livro (tudo menos a local onde o livro foi enterrado), eu tinha de encontrar esse livro, e foi em uma viagem de família que eu decidi que iria encontrar esse livro, fomos para o sul do País em uma fazenda onde um dia meu avô morou antes de vir para São Paulo, onde meu bisavô morreu no mesmo dia em que o livro que o tornará louco foi enterrado, foram três dias para chegar à fazenda, e quando chegamos estávamos muito cansados porem eu me propus a sair e procurar no mesmo dia o livro. Munido com uma pá e minha boa vontade fui até um ponto afastado onde havia uma trilha que ia em direção há um morro, rodeado de grama baixa com uma construção de madeira e uma grande arvore morta que parecia ter sido atingida por um raio, por algum motivo me senti tentado a ir por aquele caminho, não acredito que tenha sido simplesmente uma intuição, mas algo mais profundo, algo mais sombrio, pois assim que cheguei ao ponto mais alto senti um vento forte e percebi que as nuvens estavam negras e prontas para formar uma tempestade, corri em direção á pequena construção de madeira que tinha ali perto, porem no meio da corrida tropecei em algo, cai de peito no chão e senti as primeiras gotas me atingirem, me sentei e fui ver em que eu tinha tropeçado e percebi que fora em um pequeno monte de pedras, empilhado cuidadosamente em forma de pirâmide, e senti novamente aquela grande curiosidade. Peguei minha pá e comecei a cavar, agora não importava mais a chuva, não importava mais o vento, na minha cabeça só estava a vontade ter o livro em minhas mãos e saciar finalmente essa minha curiosidade que me corroía desde que meu avô tinha contado aquela história, não demorou muito e me deparei com um pano, sujo de barro e totalmente podre que embrulhava algo, ouvi o primeiro trovão e decidi abrir o embrulho dentro da pequena construção de madeira que agora observando mais de perto parecia apenas um pequeno deposito de ferramentas.