Eu andei pensando em muita coisa nesses últimos dias, resolvi um ou dois problemas que envolvem minha tempestade de medos, tomei o café da manhã duas vezes e em uma delas esqueci o açúcar, o maldito açúcar, e então lembrei de você. Lembrei de músicas que ouvi e te lembravam, hoje, não me agradam mais. Das flores que me deu, que permanecem na janela, se forçando a abrir sucessivamente dia após dia, como eu. Obrigada pelo vício em roer unhas que me trouxe, pelas noites sem dormir e por tudo o que sofri jogando para fora em forma de palavras, que hoje, não machucam mais. Agradeço pelo convite pra assistir aquela série, aquela maldita série! que continua em primeiro lugar no catálogo da netflix e eu insisto em deixar ali, nunca se sabe quando você pode voltar. Perdi o controle da situação, mas tudo bem, eu sempre fui essa bagunça. Por um tempo consegui manter uma pequena organização dentro de mim. Seu toque era meu calmante e a culpa é toda sua por eu não conseguir me curar sozinha. Fui muito mal acostumada com seus beijos, carinhos e laços de amor que criamos, eu entendo sua escapatória por que realmente talvez eu seja um problema, mas volta, me irradia, me invade, me transborda, me cativa e não me deixa nunca mais. Alguns de seus discos ainda estão pendurados na parede, costumo olhar todas as noites e voltar ao passado, que decora minha sala, combina com as cortinas e faz falta aqui dentro. Esqueceu sua camisa favorita, aquela que lhe dei, hoje, entendi o porquê de não ter voltado pra pegá-la. Eu só desejo uma única resposta, pode ser uma palavra, ou duas, ou quantas você precisar pra dizer que precisa retornar, que sente saudades, que está pegando o carro as duas da manhã e que tras no porta-malas os abraços que não me deu enquanto estava aqui. Exclusivamente, apenas e unicamente, só você, pode me curar. O açúcar me faz mal e seus cafés sem ele eram um pedacinho da salvação que me dava, e triste, teimosa e abalada adoço meus cafés todas as manhãs na esperança que venha correndo tirar as colheres de minhas mãos. É um risco que corro, um grande risco, mas pior que esse é o de não ver você entrar pela porta, hoje. Nem nunca mais. Direto do meu blogzin <3