-
Anarcocapitalismo não existe.
No capitalismo, ou seja, em uma sociedade de classes, o estado nunca é abolido, mas sim pode ser modificado. Nunca haverá capitalismo sem estado.
Portanto, classe trabalhadora: Não se engane, não caiam nessas falácias. O tal estado mínimo ou o "Anarcocapitalismo" (que de anarco não tem nada) são somente formas de oficialização de um estado completamente burguês.
Quando estamos em uma sociedade de classes, e o estado constitucional é abolido, quem passa a ser o estado são as classes dominantes.
-
Não é de hoje que escuto por amigos ou conhecidos sobre a ideologia do estado mínimo, ou melhor, um estado neoliberal, e até por regra também ouço sobre o tal "Anarcocapitalismo", este, para quem realmente conhece sobre as verdades e os mitos em relação ao capitalismo, sabe, nunca haverá o capitalismo sem estado, é simplesmente impossível.
A tal abolição do estado no Anarcocapitalismo não seria de fato a abolição do estado, mas sim a abolição do estado como conhecemos, ou seja, a modificação do estado, talvez seria mesmo a oficialização de um estado burguês. Quando pegamos o nosso atual estado, vemos: é um estado que sempre coloca em primeiro plano os interesses da burguesia, mas, que também sempre esconde essas garras por baixo de muitos panos, panos esses que muitas vezes diminuem os impactos dos golpes e ataques da classes burguesa aos trabalhadores. Pois bem, então, o sendo então ESTADO "Anarcocapitalista", nada seria além do que uma simples venda dos antigos panos que diminuiam tais ataques e escondiam as garras da classe burguesa, entregando oficialmente o estado de bandeja para a burguesia. Sendo então não a abolição do estado, mas sim a oficialização de um estado que só atende os interesses da burguesia.
Já o estado mínimo (neoliberal) não seria lá tão diferente. É simplesmente o estado corporativista, o estado que assume o compromisso com as grandes empresas, o estado que assina o compromisso com o Capital, ao invés de com a população, e pasmem: muitos caem nos mitos do lindo mundo do livre mercado, que é nada além de uma verdadeira farsa, não é jamais uma ferramenta que vai beneficiar a população em geral, muito pelo contrário! O tal livre mercado, ou melhor, a livre exploração da classe trabalhadora é algo que combina muito bem com o consentimento do estado, estado que se diz mínimo, mas com seu consentimento já mostra qual é o seu lado: o lado da classe burguesa.
Portanto, esse estado mínimo, que vai privatizar e deixar de garantir os direitos da classe trabalhadora, jamais será uma medida minimamente saudável para a classe trabalhadora.
Claro, por outro lado temos o estado forte, mas não basta isso. Forte pra quem? Obviamente o estado forte que age contra a classe trabalhadora e à favor da burguesia não é o que queremos. Muito menos é desejável o estado que realiza o desvio dos recursos pagos pela própria classe trabalhadora, o estado corrupto, este também não é o estado forte desejado. O que é de fato o estado forte desejado é o estado socialista, ou seja, o estado que age finalmente à favor da classe trabalhadora, um estado que mantenha em seus princípios a liberdade, a justiça social e o fim da exploração da classe trabalhadora, pois eu digo, enfim, este é o estado forte desejado! De qualquer forma, não posso descartar o desejo da verdadeira emancipação da classe trabalhadora, em conjunto com - finalmente - o fim da necessidade da existência do estado.